DANÇA E ÉTICA, ou A DANÇA QUE VOCÊ GOSTA ACREDITA EM ALGUMA COISA ou VOCÊ SABE “LER” DANÇA?

Você sabia que, na Grécia Antiga, berço da democracia e do conceito moderno de ética, os gregos usavam a dança para ensinar valores a seus cidadãos? Sim! Segundo a autora Lenira Rengel, filósofos como Sócrates, Platão e Homero dançavam, e consideravam a dança como parte da educação dos cidadãos. Isso porque cada estilo de dança trás, em si, um discurso embutido, uma interpretação própria da realidade; uma maneira de ver a vida, o mundo e as relações de poder na sociedade em que se insere. E além de comunicar esse valores, ela também os promove, podendo afetar a subjetividade da platéia, e também a do dançarino, e, inclusive, influenciar seu comportamento. Assim, o Break Dance busca expressar o poder da comunidade periférica, estimulando um enfrentamento, daquela população, ao lugar de exclusão social a que está historicamente relegada; ou, ao contrário, danças de programas de auditório, onde o feminino é retratado a partir de um padrão de beleza único, e de um comportamento baseado na atitude permissiva, sensual e no poder de sedução, influenciando a percepção da população em geral sobre o que é uma mulher, e gerando expectativas com base neste esteriótipo.

E você? Consegue reconhecer quais valores éticos, visões de mundo e relações de poder são transmitidos no estilo de dança que você mais gosta?

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